segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Mastiff HD(-) ISENTO DE DISPLASIA

GYOR - Nosso querido Mastiff, que recém completou 36 meses, deixou-nos muito felizes com o resultado do exame de displasia coxo-femural: HD- (A)


Emitido pelo IVI - Instituto Veterinário de Imagem - localizado na VIla Madalena SPaulo, Capital. Entenda um pouco desta doença e do 'porquê' de nossa alegria.

"A displasia coxofemural é a doença ortopédica hereditária mais comum nos cães. Ela pode surgir em qualquer raça, mas é mais comum nas raças grandes ou gigantes, como Rottweillers, Pastores, Filas, Mastiffs e principalmente em animais que tem um crescimento muito rápido.

Esta doença se caracteriza pela má formação da articulação coxofemural, ou seja, a inserção do membro traseiro na cintura pélvica. Os primeiros sintomas aparecem principalmente por volta dos 4 aos 7 meses de vida, quando o animal afetado começa a mancar e sentir dor quando anda, principalmente nos pisos mais escorregadios. Devido a dificuldade para andar, o cão pode não mexer o membro e o músculo pode atrofiar.

A displasia coxofemural é geneticamente recessiva, por isso tanto o macho quanto a fêmea precisam ter a doença, ou pelo menos o gen para que os filhotes também tenham. Mesmo assim, essa deficiência se tornou mais comum, a partir do momento em que os proprietários cruzaram animais afetados sem se preocupar com a transmissão.

Um cachorro que tem displasia coxofemural pode viver uma vida normal, mas não deve ser utilizado para reprodução. Mesmo se um filhote é normal, mas seus pais são doentes, não se deve utilizá-lo para reprodução, pois seus filhos podem ter problemas.

Para saber se um cão tem ou não displasia, basta realizar um exame muito simples. O diagnóstico é feito através de uma radiografia, com o animal deitado em decúbito dorsal (com a barriga para cima) e com as patas traseiras esticadas para trás. Como a displasia pode provocar dores fortes e os animais mais afetados são grandes, pode ser preciso anestesiar o cão. Geralmente é feita uma anestesia curta, que dura de 10 a 20 minutos, tempo necessário para radiografar o animal. O veterinário deve ter muito cuidado no posicionamento durante a radiografia, porque radiografias com mal posicionamento são consideradas inadequadas para se obter um laudo que ateste se o seu animal tem ou não displasia.

Existem diversos graus de displasia coxofemural, de acordo com a gravidade. Abaixo temos um quadro com estes graus:



  • HD - (A): animal sem displasia
  • HD -- (B): articulação quase normal
  • HD +/- (C): displasia leve
  • HD + (D): displasia moderada
  • HD ++ (E): displasia severa
Para se obter um laudo conclusivo este exame é feito no animal com 24 meses de idade em raças gigantes, como o Dogue Alemão,São Bernardo, Mastiff, Doberman e Mastino Napolitano. Nestes animais em que a tendência à displasia é grande podemos realizar exames preliminares a partir dos 9 meses de idade, para que o veterinário possa controlar a doença, impedindo que o cão sinta muita dor.

Quando a fêmea tem displasia, ou as chances do filhote ter são grandes, podemos tomar alguns cuidados, para que o quadro não se agrave:

  • Não deixar o filhote em pisos escorregadios;

  • Colocar a fêmea e os filhotes num piso mais áspero, ou em placas de madeira, para que eles não escorreguem.

  • Exercitar o filhote a partir dos 3 meses de idade, mas sem exageros. A natação é recomendada, pois exercita a musculatura sem forçar a articulação.

  • Evitar que o animal fique muito gordo.

O importante é ter consciência e cuidar dos animais desde pequenos para prevenir problemas como esse. Um animal saudável, que visita o veterinário regularmente, está mais sujeito a ter uma vida longa e sem problemas.

É verdade que a maioria dos cães Mastiffs no Brasil possuem categoria de displasia C, por isso, na hora de comprar um filhote, principalmente das raças mais sujeitas, peça ao proprietário que apresente o certificado de displasia dos pais, para garantir que seu filhote não tenha este problema. E caso você já tenha um cão em casa, procure seu veterinário para realizar este exame tão simples e evitar que a doença se espalhe".


Extraído do site Saúde Animal - Dra. Cristina Jorge - Médica Veterinária - Campinas - SP com a colaboração da handler, bióloga e criadora de cães da raça kuvasz, Anita Vergueiro.